Se tem uma coisa que todo gamer raiz sabe, é que chefão bom é aquele que faz você suar mais que tiozão dançando “Evidências” no karaokê depois da quarta cerveja. E nesse quesito, Metal Gear Solid 3: Snake Eater é praticamente a Champions League dos chefes. Não é só boss fight, é terapia, filosofia, ginástica laboral e um baita tapa na cara de quem acha que videogame é só apertar botão.
Lançado em 2004 no PS2, o jogo é a magnum opus de Hideo Kojima, o cara que deve ter sonhado com metade dessas maluquices depois de comer sushi estragado. E agora, em 2025, com o remake Metal Gear Solid Delta: Snake Eater chegando, a galera tá se preparando pra reencontrar a Unidade Cobra, esse elenco de vilões que é praticamente a “Família Dinossauro” dos games: cada um mais esquisito que o outro, mas todo mundo deixou sua marca.
Então pega o controle, abre a cerveja (ou o energético, se você for millennial Nutella), porque vamos revisitar os chefes mais icônicos de Snake Eater, com direito a piadinha de hardware, comparação com churrasco e tudo que o RumbleTech gosta.
The Pain – O apicultor que não passou no curso do Senai
Logo de cara temos The Pain, o cara que controla enxames de vespas como se fosse o Aquaman dos insetos. A luta acontece numa caverna submersa, o que já é sacanagem: não basta desviar das abelhas, você ainda precisa nadar. O cara basicamente inventou o bullet hell biológico antes dos indies.
Ele usa insetos como escudo, como munição, como tudo. Imagina você no churrasco do domingo, as moscas colando na linguiça, e aparece esse maluco mandando o enxame atacar o frango assado. É insuportável.
Tática RumbleTech: usar granada de fumaça. Porque todo mundo sabe que até abelha odeia cigarro.
The Fear – O cosplay de lagartixa dopada
Esse aqui é a definição de “cara que ia ganhar no esconde-esconde”. O maluco é magricelo, pula de árvore em árvore e ainda fica invisível. É tipo o Predador, só que versão pernilongo com anemia.
O truque dele é a mobilidade, mas o Kojima não deixou barato: se você usar visão térmica, dá pra rastrear o safado mesmo camuflado. A luta é frenética, e ainda tem o veneno pra completar. O cara basicamente é o mosquito da dengue com parkour.
Tática RumbleTech: paciência e granada de stun. Igual quando você tem que acordar aquele primo dormindo no sofá: só na chinelada.
The End – O avô sniper com mais vida que fonte de PC com PFC ativo
Agora sim, a lenda. The End é provavelmente o chefão mais famoso da série inteira. O velhote sniper de 100 anos que só não morreu ainda porque a vida útil da bateria de notebook dele deve ser nuclear.
Essa luta é uma obra-prima. É você contra ele, em campos enormes, com horas de perseguição. Você pode usar o microfone direcional pra ouvir o ronco dele (sim, o Kojima programou isso). Pode até derrotar o cara ANTES da luta se der um tiro nele numa cutscene. Mas o melhor de tudo: se você salvar o jogo e esperar uma semana inteira na vida real, ele MORRE de velhice. Isso não é game design, isso é performance artística.
The End não é só um chefe, é o Kojima olhando na sua cara e falando: “aqui quem manda sou eu, otário”.
Tática RumbleTech: jogar de madrugada, comendo Doritos, e descobrir que você já perdeu mais tempo nesse chefe do que na faculdade inteira.
The Fury – O astronauta que trocou foguete por lança-chamas
O cara foi cosmonauta, voltou traumatizado e decidiu queimar todo mundo com lança-chamas. É basicamente o churrasqueiro do inferno. A luta acontece em um corredor fechado, e é você contra fogo, fogo e mais fogo. Kojima pegou o conceito de “luta claustrofóbica” e transformou num inferno portátil.
The Fury grita, solta fogo e ainda fica com aquela armadura espacial. É tipo se o Zé Gotinha tivesse virado piromaníaco.
Tática RumbleTech: usar o cenário a seu favor, ficar escondido e atacar pelas costas. Igual quando você rouba a última coxinha do buffet sem ninguém ver.
The Sorrow – Kojima te mandando pro psicólogo
Aqui não tem barra de vida, não tem tiro, não tem nada. É só você andando por um rio cheio de fantasmas dos inimigos que você matou no jogo. Se você jogou como Rambo, vai se arrepender de cada bala.
The Sorrow é o médium da Unidade Cobra, e essa luta é literalmente o Kojima esfregando na sua cara: “viu como você é sanguinário?”. Se você matou geral, o rio é um desfile de horrores. Se você poupou inimigos, a travessia é quase tranquila.
E o final é ainda mais genial: você só consegue sair tomando a Revival Pill, item que estava com você o tempo todo. O Kojima basicamente te dá um tapa na cara e fala: “a resposta tava contigo, anta”.
Tática RumbleTech: nunca matar ninguém. Mas como gamer raiz não resiste, aceita que vai ter terapia de graça.
The Boss – O duelo que fez marmanjo chorar
E aqui chegamos na cereja do bolo. A luta contra The Boss, a mentora de Snake. O campo de flores brancas é um dos cenários mais icônicos dos games, e a luta não é só combate: é drama, política, traição, maternidade espiritual e a lição definitiva de que vida adulta é só dor e decepção.
Cada movimento dela é calculado, cada golpe é preciso, e a trilha sonora “Snake Eater” deixa tudo ainda mais agridoce. Você não tá só lutando contra um inimigo, você tá matando sua mãe espiritual. Kojima sabia exatamente o que tava fazendo: transformando videogame em poesia.
Tática RumbleTech: jogar com o lenço pronto, porque chorar aqui não é fraqueza, é rito de passagem.
Os chefes bônus e a galera esquecida
Além da Unidade Cobra, Snake Eater ainda te dá uns presentes extras:
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Ocelot: antes de virar o vilão charmoso, era só um pistoleiro meio metido a besta. Kojima já tava preparando terreno.
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Volgin: o russo elétrico que parecia saída de Mortal Kombat. Literalmente um Pikachu em esteroides.
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Shagohod: porque nenhum Metal Gear tá completo sem um robô gigante pra te humil
